terça-feira, 30 de abril de 2013

Música no transporte coletivo? Fone de ouvido, por favor!


“Ei, cidadão, tem como usar fone de ouvido, ou desligar o som?”. O alerta tem que ser dado ao DJ do coletivo. Não importa se é no período da manhã, da tarde ou noite. A música alta no transporte público é uma falta de respeito imensurável.

Neste momento, um passageiro olha para a cara do outro, mas é difícil alguém quebrar o ‘pacto social’ de interferir no modo de agir do transgressor sonoro. Nada mais normal, afinal, como diz o ditado, “evitar confusão é ‘ouro”.

Mas assim, o espaço compartilhado se torna desagradável para todos ao redor - menos para o propagador do incomodo - que até cantarola trechos da sua ‘excelente’ seleção musical, como se convencesse as pessoas a gostarem. Certamente, trata-se de um indivíduo que não é egoísta, pois, gosta de compartilhar o que considera bom. Porém, mesmo com a nobre atitude, use o fone de ouvido! Ele será seu melhor amigo para não ter desafetos durante seu trajeto pela cidade.

Aumentar o volume de qualquer dispositivo, independente do estilo da música, é uma agressão, e tal ato deveria ser concretamente punido através de multa. O uso de aparelhos sonoros em transporte público não é permitido por lei em São Paulo, desde 2005.

Entretanto, é caso semelhante ao ato de jogar lixo na rua, ou atravessar fora da faixa de pedestres. Ambas as ações são passíveis de advertência, mas as punições não existem. Pior ainda quando o ônibus está lotado e não é possível identificar o perturbador.

Quem nunca se deparou com algum fã de funk carioca, estilo em moda atualmente, como já foi o pagode, axé e sertanejo (sem comparações, cada um com seu gosto), “trovando” letras imbecis dentro do ônibus, despejando teor sexual como se estivesse na selva, bradando a procura da fêmea – que existe, se acha desejável e gostosa – em busca do ‘acasalamento’. Agravante ocorre quando o macho detentor de gosto musical tão ‘sensual’ possui seu próprio veículo. Aí fica desprezível e incomoda. E muito.

Poluição Sonora

Imagine a cena: você está tranqüilo em sua casa no fim de semana, aproveitando o merecido descanso em seu sofá, assistindo um filme, quando o carro, estacionado a poucos metros de sua residência liga o som.

Minutos depois, a altura é elevada. Quando se olha pela janela, vê-se o porta-malas escancarado, com caixas de som suficientes para realizar um comício para centenas de pessoas, suficiente para estremecer até janelas. É de deixar qualquer um maluco pela falta de respeito.

Na semana passada, (23/4) a Câmara de São Paulo aprovou, em primeira discussão, projeto que proíbe a realização de bailes funk em locais públicos. O projeto foi apresentado pelos vereadores Conte Lopes (PTB) e Coronel Camilo (PSD) com justificativa que os bailes estimulam o uso de bebidas alcoólicas, drogas, e com isso, reúne grande número de pessoas (menores de idade, muitas vezes), incomodando também moradores.

O não cumprimento da lei poderá acarretar apreensão e multa, mas o prefeito Fernando Haddad (PT), sinalizou que, não sancionará o projeto, que deve ser aprovado na casa Legislativa. Sem dúvida, diversas  mudanças deveriam ser feitas antes de enviar a lei para a promulgação do Executivo, mas o projeto é válido.

A diversão deve ser estimulada pelo poder público, e sou a favor de festas de rua. Mas quando o divertimento desrespeita e ultrapassa limites, algo tem que ser feito.   

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