sábado, 30 de março de 2013

Lollapalooza confima que o rock pede socorro


      
Multidão no show dos Killers
         O rock pede socorro. O primeiro dia do festival LollaPalooza, em São Paulo, demonstrou que o atual cenário é frustrante. Nem mesmo os veteranos do 'Cake' salvaram a lavoura. Era uma banda pior que a outra até o final com os Killers. 



       O enviado da Vitrola para o evento, Humberto Camargo, confirmou minha impressão negativa do festival em seu primeiro dia. Além do forte cheiro de esterco no Jockey Club, boa parte do público será obrigada a jogar seu tênis no lixo. A chuva fina formou uma enorme lamaçal em alguns pontos. "Tive que usar botas de borracha. Tem locais em que a lama chega próxima ao joelho. Parece que tem festival que faz isso de propósito", explicou Humberto. No ano passado, o tempo também não ajudou, porém, tablados brancos cobriram toda a parte correspondente a pista. 

        Humberto acompanhou todo o festival e terminou a noite decepcionado com bandas da atualidade. "Para quem já foi em grandes festivais, como o Hollywood Rock, o Pallooza demonstra que o fim do mundo está próximo", disse. 


        Questionado sobre o nível da apresentação das bandas, Humberto não perdeu a oportunidade de colocar o 'dedo na ferida' e foi taxativo. "A melhor coisa que ouvi, foi quando soltaram uma do Rage Against the Machine (playback) entre um show e outro", lamentou. Para o integrante da Agulha da Vitrola, a banda headliner desta sexta (29), não agradou. "The Killers é compatível com um show para animar festa de debutante", completou Humberto.



        Não foi a opinião do jornal Folha de São Paulo, que destacou que o show 'foi um grande concerto de arena, cheio de sucessos para cantar junto". Que os fãs acompanharam religiosamente cada canção é fato, mas a publicação esqueceu de explicar o porque da 'grandiosidade' de uma banda, que não chama atenção do mais atento e parece mais do mesmo.

Palooza hoje

       O festival continua hoje e algumas duas bandas merecem atenção: Queens of the Stone Age e Alabama Shakes. Mas uma grande estupidez tem que ser destacada. O horário do show do Alabama Shakes bate com a apresentação do Franz Ferdinand. 

       Os caras do Shakes entram às 17h30 e deveriam  se apresentar em um dos grandes palcos, no entanto, eles irão tocar no espaço 'alternativo', que não tem transmissão pela televisão. No mesmo horário, e este sim com transmissão, toca o Franz Ferdinand. É de se lamentar. A Vitrola também estará hoje e amanhã in loco no evento. Vamos acompanhar.    

quarta-feira, 27 de março de 2013

Lollapalooza é campeão entre eventos caça níquel


         Sim, eu irei ao Lollapalooza, em São Paulo, no último dia, mas reconheço que o famoso festival é o campeão entre os eventos caça níquel por ser cara de pau. A crítica específica ao evento que ocorre 29, 30 e 31 de março é embasada por conta do descaramento no preço cobrado e pela falta de qualidade das bandas que irão se apresentar.   
         
        No ano passado, Foo Fighters, Jane´s Addiction e a grata surpresa, Cage the Elephant foram os grandes destaques entre um elevado número de bandas. (por favor, não citem Arctic Monkeys). Representando o verde e amarelo, somente O Rappa, Plebe Rude e Velhas Virgens. As apresentações, obviamente, foram separadas em 3 dias de festival e que se dane o cara que gosta somente de uma única banda, ou de duas em dias separados. A facada no bolso que subiu grandiosamente será a mesma e o problema é seu. 
        
        Em 2013, o evento que ocorrerá novamente no Jockey Club traz Pearl Jam, Queens of the Stone Age, Gary Clark Jr. e a boa surpresa, Alabama Shakes. Questão de gosto, claro, mas Killers, Black Keys, Franz Ferdinand e Flaming Lips, são dispensáveis. As duas primeiras são bandas que tem muito ‘confete’ da mídia e são fracas. As duas últimas já tive a oportunidade de conferir ao vivo. Repetição, não. Obrigado. Os brazucas da vez contam com Planet Hemp, Criolo, Vivendo do Ócio. Tudo isso pela ‘bagatela’ de R$ 300. Em três dias de evento, R$ 900 (sem a taxa de in-conveniência ), em um total de 71 atrações. Tudo culpa do cachê dos grandes nomes e da farra da meia entrada, diz a Geo Eventos, que organiza o festival. 

         Isso sem falar no 'Kidspalooza', que por trás da boa intenção de reunir futuros bons nomes da música, tenta atrair o público adolescente, com bandas teens que foram convidadas a se apresentar no evento. O detalhe é que o pai é obrigado a desembolsar um ingresso também. porque menor de idade não entra desacompanhado. 
          
         “É o maior festival que São Paulo já recebeu”, disse um jornal matutino da Rede Globo. “Vai ser o melhor festival que a cidade já recebeu”, afirmou outro jornal da mesma emissora no período vespertino. E a abertura para o Lollapalooza continuou na programação jornalística e deverá permanecer até o fim do evento.
         
           O que talvez muita gente não saiba, (como eu, que descobri pela manhã), é que a empresa organizadora do Lolla, a Geo Eventos, pertence às Organizações Globo. E dá-lhe cobertura 'espetaculosa' do 'grande' festival. ‘Ostentação, a gente se vê por aí’. Não? Plim, Plim.   

terça-feira, 26 de março de 2013

Alabama Shakes - Boys & Girls


          Há dois anos, Brittany Howard, era funcionária dos Correios em Athens, cidade de 20 mil habitantes no norte do Alabama, nos Estados Unidos.  Mas, em seu tempo livre, os encontros musicais com amigos rendiam bons covers em bares locais, e a boa música era garantida através de boas versões de Black Sabbath, James Brown, Otis Redding, Chuck Berry, Led Zeppelin.

         A variedade sonora e o desejo natural de lançar um álbum levou Brittany -  guitarrista autodidata que também toca percussão -  e o amigo de escola Zac Cockrell a desenvolverem o primeiro disco do Alabama Shakes, junto ao guitarrista Heath Fogg e ao baterista Steve Johnson. Lançado em abril de 2012, o álbum ‘Boys & Girls’ se destacou como um dos principais discos do ano passado, o que retirou a banda do anonimato.

        O desafio dos ‘Shakes’ agora é continuar com a série de apresentações pelo mundo (shows que parecem ser muito bons) e elaborar o segundo álbum para não morrerem na praia. São inúmeros exemplos de grupos promissores que não tiveram fôlego para prosseguir com o segundo trabalho. Até cabe um post futuro aqui no blog sobre o assunto. Porém, esse não parece ser o caso da banda que tem em Brittany verdadeira joia. A líder do Alabama Shakes tem uma voz potente, que é comparada por críticos a grandes cantoras como Janis Joplin e Aretha Franklin.

         Além disso, o rock baseado no estilo clássico dos anos 1970 com pitadas de rock, soul e funk e gospel,  junto a energia dos integrantes são ingredientes perfeitos para que os ‘Shakes’ tragam um alento duradouro para o cenário desolador atual em que o estilo se encontra.     

Clique aqui para download do álbum



Link para download retirado do blog Pintando Música


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