Na mudança de canais bem próximo à meia noite o videoclipe de Chico Science & Nação Zumbi chamou minha atenção. Parei
ali, no “maracatu atômico”, pensando em que posição poderia estar no ‘disk’ daquela
noite. Em primeiro, certamente.
Naquele momento casual a MTV se
reencontrava com suas raízes antes de dar seu último suspiro. Na sequência,
Astrid Fontenelle deu o adeus como se fosse o final perfeito para uma jovem história
de 23 anos que teve início com a mesma VJ apresentando a ‘garota de ipanema’ de
Marina.
Até então só era possível entrar em contato com as novidades através do rádio, indicações
de amigos, e a MTV Brasil abriu outra porta: ofereceu a oportunidade de
conhecer bandas do cenário do momento, explodiu o grunge, solidificou o new
metal. A importância para as bandas nacionais era imensa e os acústicos ajudaram a "renascer" diversas bandas esquecidas.
A MTV Brasil como a gente conheceu acabou. Nos anos 2000 a mudança no público alvo e o crescimento da internet junto à diversas mídias engoliram o canal que não soube se reinventar. Confesso que fui um dos filhos desgarrados que não queria ver a programação nem de longe. No entanto, muitas pessoas que gostam de outros estilos também construíram seu setlist durante a última década de vida da emissora. Bobagem. O preconceito musical é irrelevante e as divergências ficam de lado. Da MTV Brasil, levo muitas lembranças musicais que pesarão sempre na minha bagagem. Conheceu onde? "Na MTV". Da licença que vou procurar alguma recordação do Teleguiado e do reverendo Fábio Massari. Até mais.
Informações sobre a estreia da nova MTV
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