quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Raízes do Blues
Robert Johnson - Me and the Devil Blues
Eric Clapton - Dvd - Robert Johnson Sessions
Não é exagero dizer que Robert Johnson eternizou o blues e o levou a outro patamar. Tendo gravado apenas 29 músicas no total de 41 faixas, em apenas duas sessões de estúdio e uma música (Kind Hearted Woman) em uma apresentação de rádio, nos anos de 1936 e 1937, Johnson é responsável pela definição do som que seria uma das raízes para a criação do blues moderno e do rock and roll.
Robert morreu em 1938 após beber whisky envenenado com estricnina, supostamente preparado pelo dono do bar.
A morte de Johnson é recheada de grandes histórias. A mais popular sugere que Robert vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi, em troca de tocar com mais habilidade e categoria.
Oito meses antes, Robert Johnson tentava mostrar a Son House - um bluesman já reconhecido na época - suas habilidades, mas foi humilhado por Son. Depois deste dia Johnson ficou decepcionado e sumiu por algum tempo, retornando meses depois com varias músicas fantásticas. Aí tem início a lenda de que Robert Johnson teria feito um pacto com o diabo para tocar o Blues como tocava.
Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido ao jeito diferente de Robert tocar, que modificou o estilo de execução, empregando mais técnica, riffs mais elaborados e maior ênfase no uso das cordas graves para criar um ritmo regular. Outro fato que relacionou Jonhson com o diabo são às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroads Blues" e "Me and The Devil Blues".
Suas músicas foram regravadas por muitos artistas e continuam sendo interpretadas e adaptadas por nomes como Eric Clapton, The Rolling Stones, The Blues Brothers, Stevie Ray Vaughan, Red Hot Chili Peppers, White Stripes, etc.
Quem escuta Robert pela primeira vez, pode se desapontar ao conhecer o seu trabalho, pois o estilo peculiar do Delta Blues e o padrão técnico das gravações de sua época estão muito distantes dos padrões estéticos e técnicos atuais.
Para quem não conhece, os vídeos acima com Robert Johnson e Eric Clapton merecem alguns minutos de atenção.
A frase de Martin Scorcese define com propriedade a lenda de Johnson:
"The thing about Robert Johnson was that he only existed on his records. He was pure legend."
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Ótimo post......tem um filme chamado A Encruzilha que conta essa história e no final tem o Daniel Sam duelando com nada menos que o Steve Vai. Não sei se foi baseado na história de Robert Johnson, mais vale conferir o filme.
ResponderExcluirSINOPSE
Jovem e talentoso guitarrista (Ralph Macchio) está à procura de uma canção que o leve ao estrelato. Inspirado por um velho bluesman (Joe Seneca), ele o acompanha numa viagem até a legendária encruzilhada onde o veterano um dia negociou com o demônio sua alma em troca da fama. De longe, o melhor filme de Macchio (que ele fez entre o primeiro e segundo ''Karatê Kid''). Brilhante trilha sonora produzida e interpretada pelo guitarrista Ry Cooder - na famosa cena do duelo de blues, a lenda Steve Vai é quem toca as duas partes da canção ''Eugene's Trick Bag'', uma releitura da clássica peça ''Caprice #5'', de Niccolo Paganini. Paganini, aliás, perpetuou o mito de que ele mesmo vendeu sua alma ao demônio para conquistar habilidade musical. Ainda que o som que se ouve da guitarra não tenha saído dos dedos de Ralph Macchio, o ator realmente toca todas as notas de Steve Vai e Ry Cooder, reproduzindo fielmente cada acorde.
Foi mal, o filme se chama A encruzilhada
ResponderExcluirOtimo Blog por sinal, espero colaborar no que for possivel
Abraço
Bela série de Blues!
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